sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Que retratos vemos hoje? Com que olhos?

₢ Chuck Close, 2003

Aula 26: 24 de novembro

Nos jornais, bonecos ou estigmas identitários. Na publicidade, vendendo e chamando nossa atenção para produtos.Na arte, como expressão subjetiva do artista, ou como desconstrução da representação. Nos blogs, para contar do final de semana, apresentar amigos, “demonstrar intimidade pública”. Com um tom social, para lembrarmos da “realidade” em que vivemos . Com tom irreverente, arrogante, obtuso, aproveitando-se do feio, exagerando no belo, construindo cenas, traduzindo catástrofes e desgraças. O retrato está, parafraseando Susan Sontag, “promiscuamente em tudo”, e é o próprio espelho da fotografia. Ele invade o tempo, desnorteia o real, inventa contextos e registra o documental. É um gênero que passeia pela história e guarda em suas características ora a maneira oitocentista de se traduzir em imagem, ora em tom contemporâneo. Usos sem fim. Possibilidades que destacam o rosto como local de representação do tempo, dos sentimentos, das máscaras, das ausências e do vazio. O gênero permite o que quisermos fazer dele. Haja visto o que podemos em uma pequena lista de autores: Sebastião Salgado, Rosângela Rennó, Vick Muniz ,Anabella Geiger, Arthur Omar, Julia Cameron, Nadar, Disdéri, Cartier-Bresson, Denise Colomb, Chuck Close, Cindy Sherman, David Lachepelle, Florence Chevallier, Gillian Wearing, Isabelle Aternaux, Marc Trivier, Philippe Pache, Orlan, Rafael Goldchain, Tina Barney, Sarah Moon e muitos mais...