quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Primeira aula, 11 de agosto 2008




Apresentação e conhecimento dos alunos.
Lista com e-mails e contatos.
Saber quem já fotografa, objetivo de cada um com o curso, interesses.
Sensibilização sobre o tema. O profissional de comunicação é aquele que precisa estar sensível ao mundo, com capacidade aguçada de reflexão e percepção do cotidiano.
O retrato é um gênero muito antigo e devido às novas tecnologias já está na nossa vida, banalizado. Ele é visto pelo olhar filosófico, histórico, artístico, ora repleto de aura e profundidade, ora totalmente sem glamour, mas o mais importante é que ele evoca o que? Nós mesmos, seres humanos. Esbarra nas questões de imagem, representação, relação de alteridade, espelho, na ausência, na identidade,etc.....

A idéia do curso é fazer uma passeio pela história do retrato através da produção de alguns fotógrafos e a partir desse percurso vivenciar a prática do gênero e localizar suas funções.

Filme “MInority Report” : mudança do suporte, do afeto, coisas que circundam o retrato. O ano é 2054, a casa do Tom Cruise é cheia de vidros, comandos de voz, mas em cima de uma bancada tem uma fileira de porta-retratos com fotos em papel, aos moldes tradicionais. O mesmo acontece em "Bladre Runner".Para que os andróides possam ser verdadeiramente humanos, era necessário que eles tiveseem memória, dada pela fotografia. No final do filme, a Andróide toca piano e olha uma fotografia no porta-retrato.

Minority Report (comentários da Revista Veja)
Produção de 2002, Definido por Steven Spielberg como um exercício de "realismo futurista", Minority Report – A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002)
Minority Report é adaptado de um conto do americano Philip K. Dick, cuja ficção deu origem também a Blade Runner e O Vingador do Futuro. O filme se passa em 2054, quando a unidade policial intitulada "Pré–Crime", chefiada por John Anderton (Tom Cruise, na sua primeira parceria com Spielberg), completa seis anos de testes bem–sucedidos na capital americana. Partindo das antevisões de três paranormais resultantes de uma mutação genética induzida, os policiais sabem exatamente quais homicídios serão cometidos, quem serão seus autores e qual a identidade das vítimas. Em 100% dos casos, conseguem prender os assassinos antes que eles matem. A demonstração prática desse método é o centro da fabulosa seqüência inicial. Mergulhados num tanque cheio com uma espécie de líquido amniótico, os paranormais – chamados "precogs", numa abreviatura de pré–cognitivos – são atormentados pelas suas visões de mortes. A cada espasmo desses, um aparelho grava duas bolas de madeira, semelhantes às de bilhar: uma com o nome do assassino, outra com o da vítima. Bolas marrons equivalem a crimes premeditados, enquanto as vermelhas assinalam atos passionais, que requerem máxima urgência. Ao mesmo tempo, as imagens que os precogs vêem são transmitidas para os policiais, que tentam organizá–las numa tela, como um quebra–cabeça, antes de partir para interromper o crime em progresso. Spielberg traduz esse processo angustiante e estranho com aquela que cada vez mais é a sua marca registrada: uma concepção visual tão meticulosa e palpável que é como se esse mundo futuro estivesse sendo documentado, e não imaginado.

O verdadeiro "precog"
Poucos autores de ficção científica foram adaptados para o cinema com tanto sucesso quanto o americano Philip K. Dick. Além de Minority Report, Blade Runner, de Ridley Scott, e O Vingador do Futuro, de Paul Verhoeven, surgiram de contos seus. São todos ótimos exemplos da filiação de Dick a uma vertente mais metafísica, e menos tecnológica, desse gênero literário – e também da habilidade singular do escritor para tocar em temas que, pouco a pouco, começam a ganhar de fato a relevância que atribuíra a eles em seu futuro imaginário. No caso de Minority Report – rodado antes dos atentados de 11 de setembro –, são quase sinistras as associações com a atual campanha da Presidência americana para limitar as liberdades civis em troca de maior agilidade para prender suspeitos de terrorismo. Dick talvez tivesse apreciado a coincidência. Morto em 1982, aos 53 anos, ele detestava e temia tudo o que lembrasse autoridade. Abandonado pelo pai aos 5 anos, passou a infância vagando pela América da Depressão com uma mãe fria e paupérrima. Desenvolveu agorafobia, vertigem e, suspeita-se, esquizofrenia. Adepto da contracultura, dizia ter tomado algumas centenas de comprimidos alucinógenos numa mesma semana. Fosse por razões químicas ou mentais, Dick era ele próprio uma espécie de precog: alguém capaz de antever aquilo que de pior o futuro pode reservar.


Fotógrafos que serão conhecidos: Félix Nadar, Eugène Disdéri, Julia Cameron, Lewis Carrol, Augusto Malta, Marc Ferrez, Martin Chambi, Denise Colomb, Henri Cartier-Bresson, Rosângela Rennó, Arthur Omar, Vick Muniz, Sebastião Salgado, Bob Wolfelson, Cláudio Edinger, Rogério Reis, Madalena Schartz, Tina Modotti, Lewis Hine, August Sander, entre outros.

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